10 Junho 2023
- "Sua plenitude de mente e personalidade são um motor de atividade incessante".
- Para Castro, depois das declarações de Alfieri de que o papa não teve complicações com a anestesia geral, nem na cirurgia anterior nem nesta, “abre-se a possibilidade de pensar em operar o joelho direito num futuro próximo”.
A reportagem é publicada por RD/Efe e reproduzida por Religión Digital, 09-06-2023.
Depois da operação a uma hérnia abdominal a que foi submetido o Papa, "os médicos irão certamente aconselhá-lo a reduzir a sua atividade", mas "conhecendo-o, é-lhe difícil aceitá-la", disse o médico argentino Nelson Castro, amigo dele, disse à EFE.
Castro, a quem o pontífice de 86 anos falou sobre algumas de suas operações anteriores e até revelou ter consultado um psiquiatra, quis destacar "a notável força física do papa que se recupera sem complicações de uma grande operação".
"Os médicos certamente irão aconselhá-lo a reduzir sua atividade. Conhecendo-o, é difícil para ele aceitar. A integridade de sua mente e sua personalidade são um motor de atividade incessante", explicou.
Um mês de folga?
Vários médicos indicaram que após o período pós-operatório, o Papa teria que reduzir suas atividades e descansar por pelo menos um mês, embora por enquanto, e esperando saber quantos dias permanecerá internado, as atividades do pontífice argentino tenham sido canceladas até 18 de junho, mas as viagens para Lisboa e Mongólia mantêm-se em agosto.
? En la conferencia de prensa desde el Hospital #Gemelli de #Roma, el Doctor Sergio Alfieri, Director del Departamento de Ciencias Médicas y Quirúrgicas Abdominales y Endocrino-Metabólicas, explica que el Santo Padre se encuentra bien luego de la operación de esta tarde. pic.twitter.com/p7FyTCjxZK
— Vatican News (@vaticannews_es) June 7, 2023
Castro destacou ainda que "foi muito importante a coletiva de imprensa dada pelo Dr. Sergio Alfieri", o cirurgião que operou o Papa e que relatou os detalhes após a intervenção em uma aparição inédita perante a mídia durante o pontificado de Francisco.
"É claro que ele o fez a pedido do Papa, que entendeu que a palavra do eminente cirurgião era essencial para esclarecer todos os rumores que existiam sobre sua saúde", acrescentou.
Alfieri garantiu que a patologia pela qual o papa foi operado era benigna, assim como a intervenção no cólon a que foi submetido em julho de 2021, silenciando os rumores de que o papa tinha um tumor.
Além disso, o médico explicou que, exceto pela hérnia, que se formou na cicatriz de operações anteriores, "O papa não tem outras doenças."
Entre los muchos mensajes de cercanía que ha recibido el #PapaFrancisco, le ha emocionado el cariño de la familia del pequeño Miguel Ángel, bautizado por @Pontifex_es el 31 de marzo, que le ha enviado un póster deseándole una pronta recuperación. #8dejunio pic.twitter.com/4VeVqypkvF
— Vatican News (@vaticannews_es) June 8, 2023
Futura operação do joelho
Para Castro, após as declarações de Alfieri de que o papa não teve complicações com a anestesia geral, nem na cirurgia anterior nem nesta, "abre-se a possibilidade de se pensar em operar o joelho direito num futuro próximo".
Esta "condição causa ao Santo Padre dores, dificuldade para caminhar e distúrbios posturais de sua coluna", explicou o médico argentino.
Francisco afirmou em algumas ocasiões que não quer fazer uma cirurgia no joelho porque teve problemas com a anestesia após a operação em que retiraram 33 centímetros de seu cólon, também realizada por Alfieri há quase dois anos.
Papa volta a interromper sua agenda devido a dores no joelho | Reprodução: Religión Digital
Castro escreveu "A Saúde dos Papas" depois de ter sido recebido em 2017 por Francisco, com quem falou durante uma hora. Nessa reunião, contou-lhe alguns detalhes sobre como, quando era um jovem seminarista , foi removido um lóbulo de um pulmão e como isso foi usado por seus adversários na eleição papal para tentar invalidar sua candidatura.
Ele também revelou que em seus anos como superior dos jesuítas, foi a um psiquiatra por seis meses para tratar a angústia causada por "esconder pessoas para tirá-las do país durante a ditadura".
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